Nos tempos de hoje, assola-nos um sentimento estranho, um sentimento que nos corrói, a Vergonha...
Vergonha de viver onde vivemos, vergonha de fazer o que fazemos, vergonha de estar onde estamos.
A falta de apoio institucionalizada no actor social "adulto", faz com que a partir de uma determinada idade, a borboleta saia do seu casulo e tenha que voar...
Mas quem sabe realmente viver a vida ? Quem está preparado para viver ?
Será que há alguma preparação possível ?
Ou aprende-se no dia-a-dia...
Há visões divergentes neste ponto.
O que importa é que temos de viver, e expressamos ao longo dessa vida, objectivos, desejos, vontades, que podem ou não concretizar-se...
A não concretização dessas projecções, pode criar dentro de cada um, o estado de espírito mais repugnante, no meu ponto de vista... " A vergonha de nós próprios".
Ninguém sente A Vergonha, por um acto isolado, mas por um conjunto de circunstâncias, e aí está o busílis da questão, perceber os sinais.
Diariamente temos de estar atentos ao mundo que nos rodeia, e perceber onde nos posicionamos, tanto no seio familiar, no emprego, no bairro, como na sociedade em geral.
Com a identificação do posicionamento correcto em cada contexto, o passo seguinte é a avaliação 360º, analisando todos os conjuntos, os grupos sociais que nos rodeiam e perceber a opinião que temos dos mesmos e a que têm sobre nós.
E assim toda a vergonha torna-se consciente, pois...
Vergonha = Estar no mundo - Viver - Posicionamento
ou
Vergonha = Posicionamento + Viver + Acto reflectido com risco
Em suma,
Há a vergonha, de todos aqueles que estão no mundo por estar...
E a vergonha dos que tomam más decisões conscientemente.
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